Certa vez li uma reportagem na Revista Veja sobre assassinos que estavam presos. A Veja destacou um de seus repórteres para entrevistar alguns desses elementos. Quando comecei a ler a reportagem fiquei muito feliz quando o repórter disse que os presos relataram para ele que se arrependiam do que tinham feito. Porém, minha felicidade foi embora tão rápida quanto vêio, pois na seqüência do texto ele afirmou que o arrependimento dos assassinos não era porque tinham matado alguém, e sim, pelas conseqüências que isso trouxe à vida deles, ou seja, ter que passar vários anos atrás das grades, perder a liberdade e ficar longe da família. Era um arrependimento egoísta, eles não davam a mínima para as vítimas e nem para suas famílias. Por exemplo: você pecou e abriu uma brecha para uma doença entrar em seu corpo (a Bíblia diz que doença também pode ser conseqüência de pecado). O seu arrependimento está relacionado ao seu ato de pecar ou você se arrependeu apenas influenciado pelos sintomas da doença, os quais causaram sensações muito desagradáveis em seu corpo? É o pecado que gera seu arrependimento ou o seu mero desejo de se ver livre das conseqüências dele?
Vou fazer uma pergunta mais intimista: o seu arrependimento está relacionado à sua atitude de ter entristecido o coração de Deus? Você tem a consciência de que Deus odeia o pecado e por isso se dipôs a um arrependimento focado nisso ou você apenas quer se safar do mal que vêio sobre sua vida por ter pecado?
Talvez agora você entenda porque apesar de ter se arrependido, a sensação de afastamento de Deus insista em permanecer. Seu arrependimento pode estar totalmente fora de foco.
Jean Claude
Confins da Terra
Assistência Social
Grupo M. de Crianças
IEQ - Jardins
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